“ um amor não pode pertencer a duas pessoas"
As cores do céu. O ritmo calmo do violão. A poesia espalhada no chão, interminada. Ausênte. Incensos de jasmins. Chás. Cores. Beijos. As coisas, tão bem organizadas pela sua mania boba- primeiro as cores, depois as letras- ainda continuam por aqui, junto com seu aroma citríco e doce, que tão logo não saira dos sofás, onde por pienguice bobas, assistiamos filmes, e você me criticava por chorar tão fácil.Você ria, eu amava. Ainda lembro - amor, doí tanto- quando você pegava o violão e cantava Quero me encontrar, mas não sei onde estou Vem comigo procurar algum lugar mais calmo longe dessa confusão e dessa gente que não se respeita tenho quase certeza que eu não sou daqui.Tua voz era rouca. A cidade sorria para nós, ingênuos diante do primeiro amor.Mas o amor, sempre temos que foder ele, porque é assim. Ele não é eterno, não foi feito para ser. Amor é diferente de viver. Você não era daqui.No tom agora, restou o sépia. Não é cor. Os dias, bem eles continuam a esperar algum livro teu, com uma carta, falando que vai voltar. Eu te esperarei. Sempre vou te esperar, só quero que saiba isso meu amor. O batuque, o sol, a poesia ainda continuam em mim, eu te amo.
obrigada por colorir meus dias, e que tua bagagem seja carregada de leveza. Um nova vida no Canadá, para sempre tua.
*Frase pertencente à Miguel Esteves Cardoso (O amor é fodido 1994)