segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

A alegria é a prova dos 9

Há quem diga que a alegria é a prova dos nove e, hoje, aceito a teoria do meu conterrâneo Oswald - O Miramar que me fez sonhar com os livros itinerários e saudades da cidade-mundo desvairada. Recebi, diante da minha insignificância do ser que apaixonadamente significo, a missão de ter uma alma leve. "Que bom te abraçar assim, gosto muito da sua energia" me disse o amigo de outras horas e estradas, que levo comigo os sentires no peito. A frase que guardei junto  ao sorriso se fez sair pela manhã quando, por fim, cheguei ao espanto do reconhecimento - me vi assim, um ser com boa energia. As marés de dias passados, tão cinzas e pesadas, vem, pouco a pouco, deixando-se clarear pelo Sol do verão-inferno que, hoje, inevitavelmente me lembram o interior tão meu de São Paulo - a mesma garoa fina, as nuvens acizentadas que tanto já amei.  O dia de hoje nasceu pra me tirar os sentimentos, bons e de uma saudade-esperança. Veio junto as recordações de uma infância com abundância de amor e afeto - agradeço a mãe, o ser de mais amplo afeto que conheci, pela ousadia e coragem de se abrir para afetar e ser afetado, por me criar assim, um alguém disposto e crente em endurecer sem perder a ternura jamais. Acompanharam as lembranças da adolescência, os grupinhos de colégio, amores e desamores e, sobretudo, minha fiel escudeira da adolescência, a grande amiga-irmã. As histórias de Minas, o amor que começou com Gabriel Garcia Marquéz. Ouro Preto e suas ladeiras, irmãs de batalha aquela casa sempre cheia e eu não entendendo nada. Rio de Janeiro no comecinho, com seus grupos e carinhos. E com o mesmo Sol que, às vezes, a gente olhar e repentinamente vê uma gracinha.

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